Os mitos da traição


Para justificar as ‘puladinhas de cerca’ muitos se apoiam em motivos como ‘culpa do traído’ ou ‘a crise dos sete anos’. Confira a matéria do site DELAS, que fala quais os mitos que cercam a infidelidade e mostra como encarar o problema sem medo.


Se você está a fim de viver um relacionamento, sabe que correrá o risco de ser traída ou de virar a traidora. E romper com os acordos conjugais dói para os dois lados, especialmente quando a questão entra no campo da exclusividade sexual. Na hora de justificar a pulada da cerca, surge uma lista imensa de motivos para explicar o ato e, muitas vezes, tentar salvar o relacionamento. Mas fique esperta: muitos deles não passam de desculpas. Conheça os seis mitos da traição:


Culpa do traído
Sentir-se culpada pela escapadinha do parceiro é uma reação muito comum. Quando descobrem que foram traídas, muitas mulheres (e homens) fazem uma autoavaliação e cavam problemas internos. A funcionária pública Mara Antunes, 36 anos, não entendia o motivo que levou o seu marido a ter um caso com uma colega de trabalho. Estávamos juntos há cinco anos e tudo parecia estar bem. Comecei a achar que a culpa era minha por trabalhar demais, não dar tanta atenção e deixá-lo muito sozinho, conta Mara.

Mas é importante lembrar que ninguém leva a outra pessoa a fazer alguma coisa, como uma imposição. A relação é feita pelos dois lados e não dá para colocar a culpa em uma das partes, explica Laila Pincelli, psicóloga e especialista em Terapia Familiar e de Casal. Para a doutora Ana Maria Fonseca Zampieri, autora do livro Erotismo, Sexualidade, Casamento e Infidelidade (Ed. Ágora), essa justificativa de abandono afetivo ou sexual, muitas vezes é um modo indireto do infiel dizer ao cônjuge que não o ama mais.

Crise dos sete anos
Dizem que quando a relação completa sete anos é hora de se preparar, porque alguma reviravolta vai acontecer. Talvez amparados pelas teorias esotéricas dos ciclos da vida humana de sete anos, os casais usam esse argumento para explicar possíveis traições. O fato é que o tempo não é o responsável pela relação de ninguém; o que está sempre em jogo é a qualidade desse relacionamento.

Conforme a relação caminha, outros fatores começam a interferir na vida do casal: chegada dos filhos, instabilidade financeira, disponibilidade para a vida a dois. O ideal é que o casal esteja aberto para repensar o relacionamento e que tenha paciência em reavivá-lo para evitar o desgaste natural. Quando isso não ocorre, um dos cônjuges deixa de investir na relação e encontra uma saída mais fácil: a traição, explica Laila.

Idade do lobo ou da loba
Aos 45 anos, Rita* traiu seu parceiro, após um casamento longo de 20 anos. Sentia meu corpo envelhecendo junto com o meu casamento. E senti uma necessidade enorme de me notar mulher de novo, perceber as reações do meu corpo e me autoafirmar, relata Rita.

Eles sentem que estão envelhecendo e têm dificuldade de aceitar as mudanças naturais no corpo, mente e emoções, explica a terapeuta Laila. No caso de relações extensas, o relacionamento extraconjugal tende a ocorrer principalmente se o casal passou por crises anteriores mal resolvidas. A dica aqui é que o casal aproveite essa época da vida em que os filhos já não estão mais em casa e a condição financeira está mais estável. Por exemplo: que tal chamar o maridão para uma viagem?

A outra é mais sexy que a traída
Claro que pessoas lindas e tentadoras estão por toda parte. Mas dizer que a traição ocorreu porque alguém muito mais sexy bateu à porta não é o real motivo. Na relação extraconjugal, o traidor busca preencher uma lacuna em sua relação conjugal que pode não abranger beleza ou bondade, mas sim um sentimento, afirma Laila.  As motivações da traição são internas e não dependem do parceiro ou do amante. Às vezes a busca é atrás de algum confidente ou de alguém com quem tenha mais liberdade sexual que dentro do casamento.

O infiel não ama a traída
No dia a dia o casal não conversa, não exprime suas dúvidas, seus medos e suas vontades e inseguranças. Esse tipo de relação não implica em falta de amor, mas pode ser o estopim para uma traição. Tenho depoimentos de pessoas que dizem terem sido infiéis sexualmente apenas para se vingar de fatos, reais ou imaginários, que seus cônjuges teriam cometido, relata Ana Maria.

Traição leva à separação
A traição é uma das forças mais dissociadoras, no lado emocional, de um casamento. Depois da perda de um filho e da morte de pessoas próximas, a traição aparece em terceiro lugar nos estudos sobre grandes dores, relata a doutora e professora Ana Maria. Apesar de ser dilaceradora, nem sempre a traição separa.

O baque emocional pode servir como impulso para uma futura melhora da relação do casal. Assuntos antes ignorados passam a ser tratados com cuidado e disposição para resoluções.  E os dois podem descobrir como tornar proveitoso um mau negócio!

Fonte: http://delas.ig.com.br/

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